Leitura jovem e o impacto educativo das ‘novas mídias’

Por Lucas Calil

O adolescente moderno, membro da geração “Y”, dos nativos digitais, divide seu tempo entre inúmeras atividades sensoriais. Precisa gerenciar várias redes sociais, escreve em blogs e posta no Twitter – tudo ao mesmo tempo. Mas este jovem também está reinventando a leitura e o surgimento desta, e relaciona-se com ela de modo distinto e peculiar, ainda em transformação. E ninguém sabe, ao certo, o que será lido nos próximos anos – ou de que forma as coisas serão lidas.

Reunidos pelo O Livreiro,– a nova mídia social para os que “gostam de ler” –, 150 professores das salas de leitura de escolas públicas da cidade do Rio de Janeiro discutiram, na manhã do dia 11 de fevereiro, a futura juventude literária e o crescimento das mídias sociais. O seminário, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, no auditório do jornal O Globo, contou com a presença da escritora Thalita Rebouças, que já publicou dez livros infanto-juvenis (entre eles, a popular coleção Fala Sério).

Animada e bastante eloqüente, a autora dissertou sobre temas pertinentes da educação contemporânea, como a formação do hábito de leitura, a realidade da literatura para jovens e a integração entre a adolescência e as novas mídias. A descontraída palestra durou uma hora e dez minutos, e teve ativa participação dos professores, que trocaram experiências e analisaram, junto a Thalita, este recém-descoberto mundo digital.

A segunda parte do evento afastou-se um pouco do assunto anterior e abordou outro tema comum ao simpósio: as redes sociais que surgem todos os dias. Gerente d'O Livreiro, a jornalista Verena Petitinga apresentou o inovador projeto da Infoglobo e falou sobre as novas possibilidades interativas, educativas e comerciais dos grupos digitais que agregam milhões de usuários da internet, como o Twitter, e o Facebook.