segunda-feira, 14 de junho de 2010

O primeiro dia de um Rubro-Negro

Por Bruno Góes

A chegada de um flamenguista no caderno de esportes do EXTRA não poderia ser pior. Primeiro jogo no estádio, grande expectativa: Flamengo x Universidad de Chile decidem as quartas de final da Libertadores. Maracanã cheio. Grande chance de presenciar o time fazer uma bela vantagem para a partida de volta. Time embalado depois de eliminar o Corinthians no Pacaembu. Desastre.
Definitivamente, faltaram as meias de lã para esquentar o pé frio. A cabine de imprensa, com muitos jornalistas chilenos, agravaram a situação:
-GOOOOOLLLLL! El Maracanazzo! - gritaram em desafio aos corações rubro-negros que assitiam ao jogo da cabine de imprensa.
No momento em que o jogo se encaminhava para derrota, não me sentia desesperado ou preocupado com o time: anotava sem parar o factual da partida, como cartões amarelos, descrições das jogadas dos chilenos, bola para fora, defesa incrível etc.
Só senti a derrota depois, em casa. As vozes dos jornalistas chilenos ecoavam em minha cabeça. O cruel destino do Flamengo estava selado. A eliminação, destino do time nos últimos anos na Libertadores, era mais que provável; era evidente. 3 X 2 diante de 70 mil pessoas.
Qual não foi a minha previsão quando fui escalado para o meu segundo jogo do Flamengo, um FlaxFlu? Pois é.... outra derrota. Depois disso, prometi que só entro na cabine de imprensa do Maracanã com quatro meias de lã e uma bota de couro.

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