terça-feira, 24 de maio de 2011

A inovação segundo o Google


Por @Manuela Andreoni

A inovação vence as idéias. Esta foi a máxima que o diretor de relacionamento com agências do Google para a América Latina, Julio Zaguini, tentou passar para os cerca de 200 funcionários da Infoglobo que lotaram o auditório para assistir à sua palestra nesta segunda. Segundo os “mandamentos” da empresa, cuja grande missão é organizar todas as informações do mundo, mais vale o esforço para transformar uma ideia mais ou menos em algo fantástico do que ter uma ideia sensacional.

Para provar isso, Zaguini citou o Twitter, rede social da qual ele admite ter desacreditado no princípio. A ideia, segundo ele, parecia boba, mas foi tão bem executada que virou uma febre. Outro exemplo foi a luz elétrica de Thomas Edson. Segundo o palestrante, foram três mil tentativas até encontrar a lâmpada.

Outra questão bastante iluminadora que Zaguini mencionou foi a importância da velocidade quando se fala em inovação. E resumiu: “se quiser falhar, falhe rápido”. O negócio é: em vez de ficar meses batalhando e desenvolvendo uma ideia, fique horas ou dias rascunhando ela e veja logo o que as pessoas acham para saber se vai dar certo antes de perder tempo com isso. A essa tentativa o Google chama pretótipo – algo como um pré-protótipo. “O pesadelo dos inovadores é gastar em um negócio que não funciona”, disse.

Zaguini também explicou um pouco sobre a cultura corporativa do Google. A máxima lá é: o usuário em primeiro lugar. Exemplo dessa preocupação é o fato de a empresa ter se esforçado terrivelmente para fazer um buscador tão sensacional e só depois é que descobriu como ganhar dinheiro com isso. Para o nosso palestrante, essa foi a “grande sacada da Google”.

Ele também falou como a empresas é mais horizontal, sem grandes hierarquias. Segundo ele, o Larry Page aparece volta e meia nas reuniões da sede da Google no Brasil, que é lá em São Paulo. Via vídeo, claro. Além disso, todos os funcionários do Google têm 20% da sua carga horária de trabalho livre para gastar em qualquer atividade. Foi em uma dessas que surgiu o Orkut!

“Legítimo representante do século passado”, como ele mesmo se descreve, Zaguini saiu do Carrefour para o Google há mais de três anos e diz ter mudado sua vida por causa da empresa. Hoje, diz, arrisca até dizer que é um cara “inovador”.

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