Superstição também ganha jogo

Por Fernando Petrucci

Entrar no gramado com o pé direito, fazer o sinal da cruz antes do apito inicial, não pisar na linha da cal e evitar tocar o troféu antes de conquistá-lo são todos gestos que consideramos naturais, mas que, na verdade, não passam de superstições. Mais do que isso: hoje em dia, estranho é aquele jogador que não segue pelo menos uma dessas cerimônias.

Há algumas mais inusitadas, das quais não podemos deixar de mencionar o goleiro argentino Sergio Goycochea, que defendeu vários pênaltis na Copa do Mundo de 1990, na Itália. Dizem que a sorte do goleiro estava no costume de urinar no centro do campo antes da cobrança decisiva, o que fazia rodeado pelos companheiros para não ser visto. Ele repetiu o protocolo nas séries contra Brasil e Colômbia na Copa América, em 1993 e funcionou, mas vale lembrar que aquele foi o último título dos hermanos até o momento.

Aqui na nossa terrinha também existem muitas superstições. Vamos pegar um gancho na final da Taça Rio, no jogo entre Flamengo e Botafogo. Pelo lado do time da estrela solitária está um dos mais recentes casos, o ex-treinador Cuca. Uma das principais mandingas do técnico paranaense era a de não deixar o ônibus da equipe andar de marcha ré. Cuca acreditava que a ação poderia dar azar para o time.

Outra história curiosa ocorreu momentos antes da partida contra o Atlético-MG, pelas quartas-de-final da Copa do Brasil, em 2008, onde um convidado ilustre desfilou no gramado do Engenhão e, ovacionado, fez ressaltar a fama de supersticiosos que os alvinegros possuem. Trata-se de Perivaldo (não o lateral alvinegro do início dos anos 80 ou o meia que conquistou o título da Conmembol, em 1993), mas um cão da raça beagle que nasceu com uma mancha branca nas costas em formato de estrela. A mascote deu sorte ao alvinegro que venceu o Galo por 2 a 0 e avançou na competição.

Um dos maiores ídolos do flamengo na atualidade também não fica de fora. O goleiro Bruno sempre troca de camisa nos intervalos dos jogos se tiver levado gol durante o primeiro tempo. A torcida também não deixa a desejar: pode ser assistindo o jogo sempre no mesmo lugar do sofá, usando a camisa da sorte ou até mesmo fazendo algum ritual antes do jogo!

E vocês, leitores, pode nos falar sobre as suas superstições ou será que falar nelas dá azar?